Histórico da 23ª Cia E Cmb
6º BATALHÃO DE CAÇADORES
Antecedentes históricos:
Antes de relatar a história da 23ª Companhia de Engenharia de Combate (23ª Cia E Cmb) é importante ressaltar alguns fatos históricos do 6º Batalhão de Caçadores (6º BC), Organização Militar que antecedeu a criação da 23ª Cia E Cmb, e que em agosto de 1922 foi transferido da Cidade de Goiás (capital de Goiás) para a cidade de Ipameri-GO, o 6º BC teve uma participação importante na presença do Exército Brasileiro no Estado de Goiás e Planalto Central Brasileiro.
Exercendo papel importante na comunidade ipamerina, o 6º BC trouxe novos conceitos, novos costumes e novas idéias, moldando um povo que ganharia no futuro uma nova identidade.
De Ipameri saíram os militares responsáveis pela organização de novos quartéis criados pelo Exército: a 2ª Companhia de Fuzileiros do 6º BC deu origem ao 42º Batalhão de Infantaria Motorizado (Goiânia - 1954), a 3ª Companhia de Fuzileiros do 6º BC deu origem ao 36º Batalhão de Infantaria Motorizado (Uberlândia - 1961), a 1ª Companhia de Fuzileiros do 6º BC deu origem ao 43ª Batalhão de Infantaria Motorizado (Cristalina - 1970 ).
Em 1973, o 6º BC foi transformado no 41º Batalhão de Infantaria Motorizado.
Com objetivo de re-locar unidades militares para ocuparem algumas áreas dos estados de Goiás e Mato-Grosso, que não tinham a presença militar efetiva, o Exército resolveu transferir em novembro de 1975 o 41º Batalhão de Infantaria Motorizado de Ipameri para a cidade de Jatai-GO, encerrando assim, presença da infantaria no município de Ipameri.
23ª COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE
HISTÓRICO DA 23ª CIA E CMB E DE SUAS INSTALAÇÕES
(Companhia Capitão-Mor Bartolomeu Bueno da Silva)
A 23ª Companhia de Engenharia de Combate foi criada pela Portaria Ministerial n.º 057-Reservado, de 04 Nov 1975, ocupando, em 02 Jan 1976, na cidade de Ipameri/GO, as instalações que foram inicialmente do 6° Batalhão de Caçadores e posteriormente do 41º Batalhão de Infantaria Motorizado.
Essas instalações foram construídas durante os anos de 1922 e 1923, estilo Pandiá Calógeras (instalações ao redor de um grande pátio de formatura), durante o governo de Epitácio Pessoa e Arthur Bernardes, com o objetivo de acomodar na época o 6º Batalhão de Caçadores.
Em novembro de 1973, o 6° Batalhão de Caçadores foi transformado no 41° Batalhão de Infantaria Motorizado e transferido para o município de Jataí/GO em outubro de 1975.
Como dois terços da existência de Ipameri/GO sempre teve a presença de um quartel do Exército, acompanhando o seu crescimento e o seu dia-a-dia, a sociedade ipamerina e região reivindicaram, para preencher a lacuna deixada pelo 41° Batalhão de Infantaria Motorizado, junto ao Ministério do Exército, por meio de seus representantes, que outra Organização Militar ocupasse as instalações deixadas pelo antigo 6° Batalhão de Caçadores. Atendendo esta solicitação e estando dentro do planejamento e estrutura do Exército, foi então criada a 23ª Companhia de Engenharia de Combate, conhecida como a “Pontoneira do Planalto”.
A 23ª Companhia de Engenharia de combate tem como missões:
a. Defesa da Pátria:
- Multiplicar o poder de combate da 3ª Brigada de Infantaria Motorizada, proporcionando a mobilidade e assegurando a contramobilidade e contribuindo para sua proteção;
- Participar da dissuasão de ameaças ao interesses nacionais;
- Apoiar as operações militares da Grande Unidade, ao ser empregada como Força de Atuação Estratégica, em qualquer parte do território nacional e outras áreas de interesse do país;
- Estar em condições de ser empregada, com todos os seus meios e pessoal, a qualquer momento;
b. Garantia dos Poderes Constitucionais, da Lei e da Ordem (GLO):
- Ser empregada em sua área de responsabilidade ou em qualquer outra, na forma da lei, para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio;
c. Ações Subsidiárias:
- Participar do desenvolvimento nacional;
- Cooperar com a Defesa Civil;
- Cooperar com a Sociedade Local, com atividades de Ação Cívico Social – ACISO.
Os militares desta Organização Militar rapidamente assimilaram as tradições deixadas, por pouco mais de meio século, pelos seus antecessores, integrando-se com a sociedade e auxiliando a comunidade com obras de engenharia (conservação de estradas, construção e recuperação de pontes, bueiros e lançamento de Ponte emergencial do tipo LSB), como também participando de diversas ações cívico-sociais (vacinação, doação e coleta de sangue, apoio aos abrigos de idosos, etc).
Em 1997, de janeiro a maio, a 23ª Companhia de Engenharia de Combate foi deslocada para Angola, no continente africano, para compor as Forças de Paz da Organização das Nações Unidas. Nessa oportunidade o soldado de engenharia do cerrado pôde mostrar seu valor, levando a bandeira da paz naquela longínqua região, adaptando-se e respeitando a cultura da população da área e cumprindo com louvor uma série de missões (desminagem, recuperação de estradas, construção e recuperação de pontes) como pode ser atestado nos elogios recebidos do General Comandante da Força de Paz da ONU.
Em 17 de março de 2000, a Portaria nº 130-Comandante do Exército alterou a localização da Companhia para a cidade de Formosa-GO.
Em 01 de Julho de 2003, através da Portaria nº 347-Comandante do Exército, foi concedida a denominação histórica de “Companhia Capitão-Mor Bartolomeu Bueno da Silva”, em homenagem ao bandeirante que iniciou a colonização do Estado de Goiás em 1722 e fundador da cidade de Goiás.
Em 21 de Julho de 2003, através da Portaria 039 – Estado-Maior do Exército tornou sem efeito a transferência de localização de sua Sede para a cidade de Formosa-GO, permanecendo então na cidade de Ipameri-GO.
A partir do ano de 2006, integrantes da Companhia passaram a compor o contingente para a Missão de Estabilização das Nações Unidas para o Haiti (MINUSTAH).
Coube à 23ª Companhia de Engenharia de Combate receber a primeira Ponte LSB (Logistic Support Bridge) adquirida pelo Departamento de Engenharia e Construção, com recursos do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes, para emprego na Defesa Civil. Foram adquiridas, ao todo, 08 (oito) equipagens para o Exército distribuídas de maneira uniforme pelo território nacional. Cada equipagem é composta de uma ponte metálica de 60 (sessenta) metros com capacidade de tráfego de 80 (oitenta) toneladas, 04 (quatro) caminhões com semi-reboques tipo bitrem, 01 (um) caminhão com semi-reboque tipo prancha, 02 (dois) caminhões guindautos, 01 (um) trator de esteiras, 01 (uma) carregadeira sobre rodas, 01 (um) caminhão basculante, 02 (duas) torres de iluminação, 03 (três) contêineres, além de material de sinalização. Cada Organização Militar recebeu ainda, um pavilhão para armazenagem da ponte.
A 23ª Companhia de Engenharia de Combate até a presente data, já instalou 05 (cinco) pontes emergenciais em atendimento a Defesa Civil, a primeira ponte foi instalada em 2011 na GO-070, no município de Itaberaí-GO, a segunda foi montada em 2015 no Vale do Jequitinhonha, a terceira ponte montada na GO-060 no município de Israelândia-GO, no ano de 2019, e em dezembro de 2021, foi lançada 02 (duas) pontes LSB no município de Minas Novas-MG.
Atualmente a Companhia é comandada pelo Capitão de Engenharia Tarsso da Cruz Castro.
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